não
quero ser séria.
cansei dessa brincadeira de adulta.
às vezes me
fatigo só de encenar que sou pessoa responsável, que
encaro tudo de
frente, que há uma ordem a seguir e eu a sigo.
ah, cansei de tudo
isso!
quero mesmo é a inocência ―
não a perdida, que nunca a tive,
mas a construída.
vou
trabalhar em cada um dos meus dias restantes
para confiar cada vez
mais em vez de descrer,
para reverenciar sempre e a todo instante ao
invés de só criticar,
para olhar por todas as perspectivas
possíveis cada pequeno fato,
ato ou acontecer.
se com isso eu não
chegar à inocência,
terei chegado perto,
é quase certo,
quando eu
morrer.
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