domingo, 25 de novembro de 2012

(citação)

"não sofro pelo passado
nem temo pelo futuro
porque minha vida
esta supremamente
concentrada 
no presente,
e as 
respostas
a qualquer
situação
estão
aqui
mesmo."
(sabedoria védica)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

(da série: é preciso ter coragem de ser feliz)



a poesia,
quando vem,
é uma sensação em mim
da qual não posso me livrar
a não ser quando
deixo sair
as palavras
(como num parto).

eu parto,
assim,
daquilo
que me invade
- mas nunca sei o fim
pois dele
quem me lê
é parte.

de graça (da série: amores possíveis)



o bom do amor
(o bom de amar)
é que quando não há mais nenhuma esperança,
nenhum temor,
de repente pode chegar
tudo aquilo que sempre se esperou
(de graça).

pra sempre (da série: os contraditórios podem ser muito bem vindos)



nunca mais quero saber de mim
que não seja saber também de ti.
nunca mais quero dizer “nunca mais...”
pra não ter que me arrepender – e voltar atrás.
nunca mais, de hoje em diante,
vai ter o gosto de eternamente:
nunca mais te amo
é o mesmo que dizer
eu vou te amar
pra sempre!

(foto de lília moema)


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

dança bonita (da série: amores possíveis)



nossa vela amarela.
primeiro, uma chama era.
depois chegou a ser duas, quatro...
mesmo na trindade se ensaiou.
foi chama pequena, grande,
foi uma, foi muitas, variadas chamitas,
até que novamente se unificou
— pra morrer em prece
por tudo quanto se passou...

(nossa vela amarela
não amarelou:
ela foi todos os possíveis
do que conhecemos,
ou pensamos conhecer,
  como amor.)

sina (da série: é preciso ter coragem de ser feliz)

ah, por quis
— ou: por que quero? —
enganar d.eu.s?
por que quis me enganar
ou enganar os m.eus?...
quisera não pensar!
quisera não sentir!
mas como o curador ferido,
     é minha a sina de não me iludir,
é minha a saga de não vacilar:
possam mudar os sentidos,
não deixe eu de dar ouvidos
à sua eterna setença: sempre amar!