sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

para os olhos (que não são) de azeviche (da série: amores por viver!)

os deuses (as deusas)
quando me instam,
eu obedeço!
nem tem essa
de ai ai ai:
é fazer o que alma
dita
sem qualquer desdita
porém
mas
todavia
vai-não-vai.

os deuses (as deusas)
nem me poupam:
eles (elas) sabem
que o pouco pra mim
é talvez
e que a intensidade
é uma marca 
que em mim
tem vez.

os deuses (as deusas)
são puro desafio:
quem é que se importa
com a dúvida?
viva a dúvida!
viva a dúvida,
viva a dádiva,
viva a dívida
de bem viver
o que 
tiver
de 
ser!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

olhos de azeviche (da série: é preciso ter coragem de ser)

ando tão diferente de mim mesma
que às vezes me pergunto se eu sou eu mesma.
dei pra mudar de hábitos
de vícios
de padrões.
dei pra deixar novamente o cabelo crescer
os brincos diminuírem
os horizontes se alargarem
os medos se desminlinguirem.

dei de amar, até,
uns olhos de azeviche -
que nem sei bem o que mesmo
 hão de querer comigo... se é que!

dei de deixar
o que tiver de ser, ser.
dei de deixar de esperar,
de temer,
dei de deixar vingar
o que há muito 
tempo
clama
por 
viver.