a vida é uma roda que não pára:
outro dia ainda eu falava da vizinha que mudou,
da tristeza que causou,
e agora eu sou quem se des.lo[u]cou!...
o mundo - que era a casa/a rua/o bairro/a comunidade dentro
e em volta até então,
o mundo parece sem chão,
apesar do chão sob o qual está o meu colchão
nessa que é minha nova morada.
são outras as paisagens,
é outra a vizinhança.
serei eu a mesma?
como ter essa ou qualquer outra certeza?…
faço uso, então,
das memórias que trago em mim
qual fogo vivo
(e do que se forja
sem nem ter forma ainda)!
e se o presente queima
pondo em brasa o que até há pouco
era o que eu tinha como certo,
sigo sem saber pra onde
(o futuro aos deuses pertence?)
mas com o porto perto
onde o coração
se ampare
ou
desponte
:
confiante no que sinto
tendo como par o destino
nessa onda de mu.danças!
(chez meu pai/casinha da vila)