segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

um presente (da série: é preciso não ter medo de amar)

nunca pensei de sentir tanta falta

de um louco que soprava flautas

como um sátiro mais louco ainda,

nunca pensei!

nunca pensei que me fizesse falta

suas idas e vindas – mas suas sempre vindas

mesmo que em busca de algo

que lhe faltasse ainda,

nunca pensei!



...até me dar conta

de que isso não se pensa – se sente!

e que só por ter nascido

aquarianamente

é que isso era uma mistério ainda:

saber como a mente mente!



então procurei um presente

que pudesse chegar

até onde não exista mais (so)mente

(nem facebook, de onde ele me exclui sempre...) -

e dei com o mesmo lugar

que pulsa aqui na tianguá

e que bate incessantemente:

do meu coração

e de todo bem que ele pode alcançar,

você não pode, querido,

nunca mais

se

a

p

a

g

a

r

!

(12.fevereiro.2018
chez casinha tianguá, bien sûr!)