… e amanheceu sem o som do liquidificador.
e sem o som das vozes, e sem o som do motor.
e sem o som do silêncio que ficava depois de toda a casa acordada sair.
e sem a possibilidade de dizer: renatinha! biel! gael!benjamin! marcos!…
tudo isso deixa na gente um imenso vácuo!
foram tantos anos juntos que a gente parecia um grande conjunto
― e agora faltam muitas presenças!…
acho que por isso até adoeci, tentando elaborar essa ausência.
acho que por isso até entristeci, mesmo sabendo que a lei da vida é a impermanência.
porque é muito bom saber que num mundo tão fragmentado,
a gente pode contar com a vizinhança do lado!
e ver os meninos e meninas, filhos ou netos,
todos/as nascendo e crescendo num ambiente de afeto!
ê mundo grande!
ê vida!
agora é tocar pra frente, que continua a lida!
e “o que não voga é a preguiça de ser feliz, ou pelo menos tentar se encantar”,
sabendo que a tianguá pode ser aqui e/ou em qualquer outro lugar!
bien sûr!