tao
criava da hora que acordava
à
hora que dormia.
às
vezes de tão criador,
levava
fama de pura teimosia.
mas
era não:
era a
vida que nele pulsava
que
sentido em tudo buscava.
donde
tudo era
ex-pe-ri-ên-cia!
quem
quiser que guardasse
as
suas essências!...
pra
ele, shampu, sabonete, desodorante:
tudo
era motivo pra sua alquimia exuberante!
das
cores, então, nem se fala!
a
casa, a geladeira, as paredes, portas... e até os quadros já assinados
eram
sua tela preferida – pra não falar dos corpos (inclusive o seu)
pintados!...
e
quando o assunto era fogo?
segura,
que ele pode botar tudo em jogo!
que
não se deixe um fósforo ou uma vela à mão,
que o
dia do aniversário muda rápido de ocasião!
porque
por que não?
por
que só no horário, só no dia, só no vago?...
por
que tanto castigo, tanto ralho, tanto pouco bom comentário
sobre
um menino que é só: um criador!?...
um
criador de si mesmo!
todo
dia, toda hora, todo instante,
como
a gente já esqueceu de ser
e por
isso anda de si
tão
distante!...
(chez
casinha tianguá, na noite do dia 19 pro dia 20 de julho de 2018, de
uma avó completamente ciente do neto que tem – e reverenciosa disso!)