quarta-feira, 26 de março de 2014

da série: mapas da alma

eu estou viva agora e aqui.
e o que é que me faz feliz agora?
certamente não é ir ao pão de açúcar
nem ter cartão de crédito pra comprar sem fim.
o que me faz feliz agora
é poder ter a graça de ser/saber/sentir
que o presente é o grande presente!
e que eu posso ressignificar cada dor,
cada pequena amargura,
cada mágoa,
cada falta de ternura,
cada medo,
cada situação de exclusão ou degredo
— sobretudo porque eu não estou só.
eu quando digo eu
abarco um coletivo imenso
de tod@s @s que me pariram/
embalaram/nutriram
ao longo de muitas eras!
eu quando digo eu
estou falando de muitos vós
em que as teias do amor
se entremeiam e fazem de mim
ser mais do que uma voz!
eu quando digo eu
estou dizendo nós!
(e que essa primeira pessoa do plural
seja em mim o respeito para além do pessoal
a todo ser
que comigo compartilha
o estar neste planeta
e que se inclui
nessa trama
que é bem maior
e profunda
do que cabe
nos nossos
lençóis...)

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