domingo, 23 de março de 2014

da série: é preciso ter coragem de ser feliz

se eu morresse hoje,
quereria levar a alegria do menino
que pula sem medo
ao grito de: madeira!!!
talvez também a tranqüilidade
que sinto quando me balanço na área
entre os portões e as múltiplas cadeiras.
(acho que queria ainda
o beijo de uma tarde linda
quando o sol reparte-se em mil cores.
e queria, por que não?,
só as boas lembranças de todos
os amores.)

se eu morresse hoje,
levaria com certeza
a certeza de uma casa limpa —
fiz a faxina da alma
enquanto punha em ordem
tudo quando era de ainda...

se eu morresse hoje
(ah, se eu morresse hoje!),
morreria feliz de ter podido ter a fé
de crer em coisas muito simples —
e vê-las ir se revelando como
duas xícaras e um café.

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