eu
vejo milagres todos os dias.
milagres
que ninguém vê.
eu
vejo porque me abri à possibilidade de ver
e
não só porque haja nisso uma alegria.
eu
vejo milagres de repente, alhures,
aqui,
ali e além.
eu
vejo porque vejo mais do que eles contêm
e
não só por crer (ainda que crer seja algo que por si já tudo mude).
eu
vejo milagres e milagres e milagres
e
milhares de milagres! — mesmo
que o mundo acabe.
eu
vejo milagres porque sou eu mesma um deles:
talvez
o maior, o melhor, o supimpa —
mesmo
sendo um mero, um nada, um reles...
(dedicado ao que abriga a casinha tianguá em todos os tempos, em todos os sonhos, em todos os lugares)
<3
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