que
coisa inútil, os gatos!
comem,
deitam, dormem.
por
vezes, rolam uns sobre os outros,
“brincam
de gatinhos”...
comem-se
também uns aos outros
― e
quanto barulho fazem,
deslocando
telhas e alugando ouvidos!
às
vezes simplesmente brigam
e
devoram-se.
que
coisa inútil!
um
céu azul e um bando de gatos
de
todos os tamanhos a se espraiar ao sol.
a
indústria seria outra,
o
desenvolvimento não teria fim
se
se pudesse ao menos recrutar os gatos!
já
imaginaram? toda uma população de felinos
que
hoje se maltrata, se executa,
se
dá fim,
transformada
numa mola do progresso!
ôôô!
que
coisa mais inútil, os gatos!
(ah,
a inutilidade um dia!
a
grata felicidade de não ter nenhuma serventia...)
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