sábado, 21 de junho de 2014

sob a lua em câncer (da série: é preciso ter coragem de ser)

por-se de pé todo dia
e dar um sentido à própria vida
é já um baita trabalho!

eu, de minha parte,
nunca fui de planejar
nem de almejar grandes coisas:
parecia que para uma provisória estadia
isso seria de pouca valia.

a descoberta (talvez maior)
desta encarnação, porém,
foi a de que conquanto seja assim também,
há que se valorizar cada pequeno instante,
cada mera vivência,
cada fulgaz (in)felicidade:
o sentido da vida se faz é na efemeridade –
nisso que de tão volátil não se sabe
sequer como se pronuncia...

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