quando estou doente e me sinto traída
(não importa se fui ou não),
faço um trabalhinho
que muito me exige em ação:
imagino como a melhor pessoa do mundo
aquela que me traiu —
indo contra tudo que aprendi
num mundo que já ruiu:
mergulho com meu eu no seu eu
e faço minhas suas aflições;
trato suas feridas como minhas,
acolho suas dores como filhas,
embalo seus horrores como meus.
então não há mais divisão
nem necessidade de pecado ou perdão.
volto a cuidar do meu jardim,
faço adubo das mágoas e rancor —
e rezo pra que a chuva do amor
caia de novo sobre mim.
Como me encontro em suas palavras!
ResponderExcluirEspero poder sempre lê-las!!!
oxalá, laíza.
ResponderExcluirabraço grande!