sábado, 29 de dezembro de 2012

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ao léu (da série: amores possíveis)



num dia qualquer de dezembro
vou deixar o amor vir e se instalar
não vou nada querer
nada vou esperar
só vou ser –
assim, sem mais
nem menos paz,
só ser...
como um pé de jaboticaba
ou uma nuvem rolando no céu,
uma fruta preta
ou uma névoa branca –
assim ficar:
brincando de estar
ao léu.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

in ausencia (da série: amores possíveis)

quando sinto saudade de ti
e a dor é tão grande que parece que vou morrer,
lembro de tudo que foi bom
de tudo que foi flor
de tudo que foi bem
de tudo que foi amor
- e aí me dou conta
de que a dor é uma ilusão,
de que a saudade é uma permissão
e de que o meu coração
tem a liberdade de (te) amar
como sempre amei.

meditação (da série: é preciso ter coragem de ser feliz)

eu habito um templo:
esse corpo, que é meu -
ou que eu preencho 
com meu ser
enquanto acredito 
que ele sou eu

eu habito esse templo
e oro pra que ele seja
um abrigo bom
enquanto meu ser viceja

(esse templo que é meu corpo
esse corpo que é meu tema
 - e tudo o mais possa vir-e-ir
enquanto se faz o poema.)